
24 de Abril, 21h30
Tertúlia Tangente: Censura e Transgressão
Entrada Gratuita
Reserva Aconselhada para geral.umcoletivo@gmail.com / 937 680 953
Na senda da entender os novos mecanismos da censura contemporânea, contrapondo-os aos do tempo a que chamamos antigamente, faz-se uma noite de partilhas. A proposta é simples: todos são convidados a trazer textos, fotografias, memórias, vontades e opiniões. A partir deles, faremos a nossa conversa. Que é também uma oportunidade de falarmos da relação entre pragmatismo e censura intelectual ou da importância da ideia de transgressão na criação de imaginários. Ou ainda da relação entre corpo e pudor. Sempre na companhia de bons chás e bolinhos.
25 de Abril, 21h30
MUDAR DE VIDA - José Mário Branco, Vida e Obra
de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo
Documentário, Musical, Portugal, Cores, 116', M/12
Donativo Mínimo: 3eur
Reserva Aconselhada para geral.umcoletivo@gmail.com / 937 680 953
Retrato da vida e obra do músico José Mário Branco (Porto, 1942), realizado por Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo. A rodagem começou em Abril de 2005 no concerto do seu último disco "Resistir é Vencer". Durante estes anos, sem quaisquer apoios públicos ou privados, foram filmando em Portugal e em França. Ensaios, gravações de discos, conversas, concertos serviram de ponto de partida para retratar o artista. 7 anos. Centenas de horas. O filme estreia a 25 de Abril de 2014 e, em 2017, é-lhe atribuído o Prémio Sophia para Melhor Documentário em Longa-Metragem.
Desde o Estado Novo aos dias de hoje a sua voz e obra resistem. Amado por uns e temido por outros, as suas canções escritas há mais de 40 anos não perderam a atualidade. Ouça-se o protesto levado ao extremo no tema F.M.I., escrito em 79, canção maldita para os portugueses (proibida de ser emitida nas rádios por ordem expressa do autor). Seguindo os passos de Zeca Afonso, faz deste movimento de protesto um dos marcos mais importantes na arte e cultura do século XX, quer pela sua ação quer pelo seu efeito.
De Camões a Natalia Correia, do erudito Fernando Lopes Graça às marchas populares, José Mário Branco reinventa a música portuguesa, abre espaço para novas vias como o Fado ou o Rap. Homem de ideais que acredita que esses mesmos ideais, pouco se assemelham ao estado real das coisas. Aos 20 anos preso pela P.I.D.E exila-se em Paris, onde foi profundamente marcado pelo Maio de 68. Regressa a Portugal imediatamente a 25 de Abril de 74 onde viveu intensamente o P.R.E.C., a lutar pela mudança.
Músico, compositor, poeta, Actor, ativista, cronista, produtor musical, José Mário Branco é o homem dos 7 ofícios. Fala-nos de música, das suas convicções, da sua geração, do Estado Novo, da guerra colonial, da sua prisão e exílio. Não fosse ele o autor do tema "A Cantiga é uma Arma", as suas canções como instrumento transformador da realidade mantêm-se desde a década de 70 acuais.
É preciso MUDAR DE VIDA!
Relembramos ainda que para frequentar qualquer atividade da Casa Tangente é necessário o Cartão Amigo UMCOLETIVO, que pode ser adquirido no local gratuitamente em Abril de 2017 ou através dos nossos contactos.
E DEPOIS DE ABRIL?
Tertúlia e mostra de filme
24 e 25 de Abril
